O que é o 'Fast Track' MBA ?
É um programa intensivo de formação para executivos, com a duração de uma semana, que iniciámos no ano passado com bastante sucesso. A primeira edição, em 2014, realizou-se em regime fechado para um grande cliente, a Estradas de Portugal. Reuniu 30 directores da empresa e correu muito bem. A segunda edição decorreu no passado mês de Abril, em regime aberto e de carácter internacional, para um conjunto de quadros de empresas com interesse na internacionalização: 14 portugueses e 14 brasileiros. A próxima edição, também aberta e agendada para Outubro, já está praticamente cheia.
Outra proposta do IDEFE-ISEG é o MBA. Quais são as suas características distintivas?
O nosso MBA, tem a acreditação da AMBA e está agora a iniciar a sua 32ª edição. Assenta em quatro pilares. Três são muito semelhantes ao que é oferecido por esse mundo fora, mas um deles distingue-nos de todos os outros. O primeiro aborda matérias fundamentais para a gestão, como as finanças e contabilidades, e actividades de suporte como a gestão de pessoas e o marketing. O segundo grande pilar, de tradição recente que foi iniciada por nós há cerca de uma década e seguida depois por outros, é a formação em liderança e gestão de equipas, 'soft skills' como competências de liderança, comunicação e negociação, que desenvolvemos em regime de 'outdoor training' com a colaboração da Academia da Força Aérea, Escola Naval e um Grupo de Teatro. O terceiro pilar, aquele que o distingue de todos os outros, abarca as vertentes da mudança, inovação e empreendedorismo. Decorre de uma opção estratégica que definimos há quase quatro anos: investir em pessoas que queiram mudar Portugal. Pessoas inquietas que desejam fazer algo pelo País. Por isso, apesar de todo o nosso corpo docente falar inglês, optámos por um MBA em português. O que não impede que tenhamos alunos estrangeiros, nomeadamente brasileiros.
Tem dados quanto aos níveis de empregabilidade do MBA?
O ´networking' e empregabilidade constituem o seu quarto pilar, comum a outros. Reservamos uma semana para os alunos elaborarem o seu currículo, aprender a expor-se, preparar uma entrevista e contactar com 'head-hunters'. Conhecemos muitos casos individuais de sucesso na carreira, mas reconheço que ainda somos fracos no que toca à exploração e quantificação dos resultados obtidos.
Que projectos têm no que respeita à internacionalização da vossa oferta educativa?
Estamos agora a reflectir sobre a maneira de internacionalizar o MBA mantendo a traça nacional. Uma das opções é investir sobretudo nos mercados que falam português. Para Angola, em particular, estamos a dar os primeiros passos na preparação de programas dirigidos a altos quadros executivos.
Noticia originalmente publicada no especial Mestres e Doutores, que foi distribuído com a edição em papel do SOL de 22/05/2015