“É a estátua mais importante que o EI destruiu até ao momento na Síria pelas suas dimensões e valor”, explicou, em declarações ao telefone, indicando que a peça em causa foi destruída há uma semana.
A estátua, com uma altura de 3,5 metros e um peso de 15 toneladas, estava no jardim do Museu de Palmira, que se localiza nas proximidades das ruínas greco-romanas que tornaram famosa esta cidade do leste da província central de Homs.
A peça, do século I AC, não sofreu qualquer dano durante os mais de quatro anos de guerra na Síria, porque as autoridades a protegeram com um placa de ferro e sacos de areia, o que, porém, não foi suficiente para a salvar das mãos dos ‘jihadistas’.
Abdelkarim, que recebe informação sobre a situação no terreno através de testemunhos, assinalou que, de momento, nada indica que a parte arqueológica de Palmira tenha sofrido danos.
Por outro lado, apontou que oito estátuas de homens e mulheres, procedentes da antiga Palmira, em Manbech, um bastião do EI na província de Aleppo, foram destruídas hoje pelos extremistas.
Na semana passada, combatentes do grupo extremista destruíram dois antigos mausoléus muçulmanos na cidade história síria de Palmira, classificada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) como Património Mundial da Humanidade em 1980.
Os receios de uma eventual destruição do emblemático local têm vindo a aumentar, uma vez que os combatentes extremistas já destruíram diversos tesouros históricos, nomeadamente no Iraque.
Situada a cerca de 210 quilómetros a nordeste da capital síria de Damasco, a “pérola do deserto”, como é apelidada esta cidade com mais de 2.000 anos, tem uma grande importância estratégica para o grupo radical.
Lusa / SOL