2. Todavia, iremos analisar os candidatos presidenciais, doravante, muito friamente: com mais razão e menos emoção ou crença. Alguns dos nossos estimadíssimos leitores já nos apelidaram de “loucos” ou “manientos” por aqui relevarmos uma constatação básica: Marcelo Rebelo de Sousa é o único candidato do centro-direita com condições objectivas para se tornar no próximo Presidente da República portuguesa. Marcelo Rebelo de Sousa derrota qualquer candidato provável da esquerda. Seja Sampaio da Nóvoa, seja Maria de Belém. Portanto, para nós, apoiar Marcelo Rebelo de Sousa não é nem uma loucura, nem uma mania – nem sequer um juízo de valor ou opinativo. É um juízo de facto. Uma evidência.
3. Dito isto, no último fim-de-semana, assistimos a um facto político da maior relevância e que passou despercebido. Luís Marques Mendes, no sábado, antecipou, com “todas a certeza e com confirmação oficial” (palavras do comentador da SIC) que Marcelo Rebelo de Sousa não se sentirá condicionado por qualquer candidatura, leia-se, Rui Rio não será um entrave à candidatura de Rebelo de Sousa. No dia seguinte, Marcelo, no seu espaço de comentário, analisa as sondagens (com José Alberto Carvalho, subtilmente, a referir-se à opinião de Marques Mendes), afirmando que nenhum candidato de centro-direita se sentirá condicionado por Rui Rio.
4. Ora, daqui resulta que Marcelo Rebelo de Sousa está já a preparar o lançamento da sua candidatura a Belém. E já escolheu o seu braço-direito ou mentor de campanha: Luís Marques Mendes. Rebelo de Sousa e Marques Mendes estão uma formar uma parelha muito curiosa: Marques Mendes cria o facto político; Marcelo comenta já com as águas agitadas, acalmando a maré.
5. É inteligente esta estratégia de Marcelo Rebelo de Sousa? Parece-nos que sim. A escolha de Marques Mendes é uma escolha natural: Mendes é o comentador mais visto em Portugal (depois do próprio Marcelo Rebelo de Sousa) e com maior impacto mediático. E não é um comentador tradicional: Marques Mendes, mais do que um construtor de opiniões, é um transmissor de factos, novidades e notícias. No fundo, Marques Mendes é um jornal personalizado.
6. Em segundo lugar, Marcelo Rebelo de Sousa e Marques Mendes dão-se muito bem: Mendes foi o líder parlamentar de Marcelo. Portanto, já se conhecem, já sabem as virtudes e defeitos de cada qual. Uma dupla que só pode funcionar bem.
7. Em terceiro lugar, Marcelo Rebelo de Sousa sabe que Marques Mendes não é um comentador político – é um político comentador. Em Marques Mendes, a política está-lhe no sangue: a política faz parte do ADN de Marques Mendes. Mesmo quando está na advocacia ou no comentário televisivo – Marques Mendes está sempre na política. E ninguém conhece melhor o PSD do que Marques Mendes – desde o presidente da concelhia mais remota até ao Presidente do partido, Mendes a todos conhece. E com todos se relaciona –e muito bem. Logo, Mendes é a pessoa ideal para Marcelo Rebelo de Sousa se ligar, ainda mais, ao partido e às suas bases e estruturas. E, neste sentido, Marcelo Rebelo de Sousa tem um trunfo fortíssimo contra Rui Rio.
8. E atenção: Marques Mendes dá-se muito bem com Pedro Passos Coelho. O que é óptimo para Marcelo Rebelo de Sousa: Passos Coelho vai acabar por apoiar Marcelo para Belém. Desenvolveremos esta ideia em próximo artigo.
9. Em conclusão: Marcelo Rebelo de Sousa quer ser o Próximo Presidente da República. Já ficámos a saber a sua disposição pessoal – está cheio de vontade e motivação para ajudar Portugal. Os portugueses queriam um sinal de vontade de Marcelo para o apoiar – Marcelo, ontem, deu mais um sinal. Uma boa notícia para os portugueses, portanto.