No cartaz, o partido conta a história de uma mulher que está desempregada há cinco anos, sem qualquer subsídio. O objectivo era apontar o dedo ao Governo com os números do desemprego e mostrar a falta de apoio aos que passam por esta situação.
Mas o outdoor teve o efeito inverso: Fazendo as contas, a protagonista ficou desempregada em 2010, ano em que o Governo de Portugal era liderado por José Sócrates. Por isso, a mulher queixa-se não só dos quatro anos de governação PSD/CDS, como do último ano do próprio partido socialista.
Num outro cartaz, surge uma mulher que diz estar a recibos verdes desde 2011. Metade desse ano foi governado por José Sócrates.
As redes sociais foram rápidas a reagir à campanha do PS, divulgando a imagem e aplicando-lhe legendas irónicas.
Ora bem, 2015-5 dá… 2012. Foram estas as contas socialistas que levaram à execução do último cartaz. Normal.
— Nuno Gouveia (@Gouveia) 6 agosto 2015
É sempre bonito ver o PS fazer mea culpa sobre desemprego e respetivo subsídio nos seus ataides outdoors
— Francisco Valadas (@titovaladas) 7 agosto 2015
O Costa é alternativa ao Sócrates que cria desemprego e ao Passos Coelho que não cria emprego. Vocês não pescam nada dos cartazes do PS.
— Bin (@doutorbin) 6 agosto 2015
Uma campanha ‘agitada’
A polémica em torno dos cartazes do PS começou com um outdoor em que o partido afirma que “é tempo de confiança”, no qual surge uma mulher a ‘virar a página’. Foi comparado aos cartazes de organizações religiosas e houve mesmo vozes dentro do partido a criticarem o lema concebido pelo especialista em comunicação política Edson Athayde.
Vários exigiram a retirada dos outdoors, mas estes continuam espalhados por Portugal.