A eficiência energética é cada vez mais uma prioridade dos promotores imobiliários, não só porque a lei exige um certificado energético mas também porque os consumidores finais estão mais atentos e exigentes quanto ao consumo energético das suas habitações. A necessidade de poupar na factura da electricidade, aliada ao bom desempenho da casa em matéria de climatização, são factores determinantes para que os promotores apurem a qualidade da construção.
Mesmo com estas exigências em prática, ainda falta melhorar bastante a eficiência do nosso parque habitacional. Prova disso é o facto de, em Fevereiro deste ano – segundo os números avançados pelo Market Outlook de Julho de 2015, do Gabinete de Estudos da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal -, em termos de estrutura de eficiência energética as classes mais representativas no segmento Residencial são a designada classe C (3.756 certificados) e a D (3.180), estando muito menos presentes as classes A+ (137) e A (551).
Isto confirma que ainda existe muito a fazer em matéria de eficiência energética ao nível da construção e da habitação em Portugal.
Nos Serviços, a classe com maior número de ocorrências também é a C (837), seguida da B (497), dado que se trata de uma classe que encerra o maior número de ocorrências nos ‘Pequenos Edifícios de Serviços sem Sistema(s) de Climatização’.
Verifica-se igualmente que tanto nos ‘Grandes Edifícios de Serviços’, como nos ‘Pequenos Edifícios de Serviços com Sistema(s) de Climatização’, a classe mais representativa é a B-, com cerca de 40,1% e 35,6%, respectivamente.
Nos ‘Pequenos edifícios de Serviços sem Sistema de Climatização’, a classe G é a mais significativa, registando 24,5% dos certificados.
No segmento Residencial, por tipologia, observa-se que da totalidade dos imóveis certificados – em termos acumulados desde Junho de 2007 até Março de 2015 -, 36,3% incidem na tipologia T3 e 32,7% na T2.
Já no segmento de Serviços – que não estão classificados por tipologias mas sim pelas categorias atrás referidas – a maioria dos imóveis alvo de certificação energética incidiu nos ‘Pequenos Edifícios sem Sistema(s) de Climatização’ (cerca de 88%).
Analisando por distritos, entre 2007 e 2015, os centros urbanos de Lisboa (26,8%), Porto (15,6%), Faro (11,3%), Setúbal (9,9%) e Braga (5,8%) evidenciaram uma preponderância de 69,5% nos certificados para o segmento Residencial. Nos Serviços, os mais representativos foram Lisboa (29,3%), Porto (18,3%), Setúbal (8,5%), Faro (7,9%), Aveiro (5,5%) e Braga (5,3%), a rondar os 74,8% no que se refere a certificados emitidos.
Fonte: Gabinete de Estudos da APEMIP