“A perda de receita que a Segurança Social terá com a redução da Taxa Social Única (TSU), que o Partido Socialista propõe, é uma bomba na solidez e na sustentabilidade atual da Segurança Social e a destruição futura também da Segurança Social”, disse Marco António Costa, que falava à margem do encontro, em Faro, que reúne candidatos a deputados e os líderes da coligação, Passos Coelho e Paulo Portas, para definir a estratégia de campanha antes da Festa do Pontal.
Para o vice-presidente do PSD, a quebra de receita que a baixa da TSU produzirá irá pôr “em causa o pagamento das atuais pensões aos atuais pensionistas”.
A proposta do PS para a Segurança Social, nomeadamente o cenário macroeconómico, “colocará seguramente em risco o futuro dos futuros pensionistas, tudo em busca de uma solução simplificada de obter mais rendimentos e, portanto, mais consumo privado”, frisou.
Marco António Costa considerou também ”altamente perigosa” e “irresponsável” a proposta que o PS preconiza de utilizar o fundo de capitalização da Segurança Social, um fundo que garante em situações de emergência o pagamento das pensões de todos os portugueses, para financiar obras de construção civil.
Recomendou ainda aos portugueses que façam uma “leitura atenta dos programas, uma confrontação entre aquilo que diz cada um dos programas dos partidos políticos”.
“Da nossa parte não haverá aventureirismos, nem haverá propostas que ponham em causa a estabilidade e a sustentabilidade da Segurança Social, tal como faz o Partido Socialista com as propostas que apresenta”, frisou Marco António Costa.
O PS propõe no seu programa eleitoral reforçar o financiamento e a sustentabilidade da Segurança Social através da diversificação das suas fontes de financiamento, como seja aumentar a TSU das empresas com elevados índices de precariedade e consignar à Segurança Social o imposto sobre heranças superiores a um milhão de euros.
“Alargar aos lucros das empresas a base de incidência da contribuição dos empregadores para a Segurança Social, reduzindo a componente que incide sobre massa salarial dos contratos permanentes, de modo a combater a precariedade”, também faz parte das propostas do PS.
No passado dia 03 de agosto, o secretário nacional do PS João Galamba explicou que a medida de baixa da TSU para a Segurança Social exclui os funcionários públicos, mas que todos os portugueses serão contemplados com maiores rendimentos.
Na sexta-feira, o secretário-geral do PS, António Costa, disse que nas eleições legislativas existem apenas duas escolhas: ou continuar com a austeridade ou apostar no crescimento e manutenção da saúde, da educação e da segurança social.
Lusa / SOL