O primeiro-ministro esteve primeiro na Igreja da Boa Água, onde era velado o corpo do agente da PSP que fazia parte sua segurança pessoal, António José Pereira, e do filho deste de 23 anos, Diogo Pereira.
Depois, seguiu para a Igreja da Nossa Senhora da Esperança, também em Sesimbra, onde estava o corpo de Nuno Anes, o militar da GNR abatido em serviço quando foi chamado na sequência dos tiros disparados pelo septuagenário, Rogério Coelho.
Passos recusou, porém, fazer qualquer comentário à imprensa, durante os velórios.
A nota de condolências do Governo ficou a cargo da ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, que logo no sábado, emitiu um comunicado no qual enviava "sentidas condolências" às famílias das vítimas, "bem como a todo o efectivo da GNR e da PSP". E "profundamente a morte de dois elementos das forças de segurança" da GNR e da PSP.
Segundo fonte do gabinete da ministra assegurou ao SOL e ao contrário do que chegou a ser dito, Anabela Rodrigues marcou também presença nas cerimónias fúnebres das três vítimas.
Recorde-se que as três vítimas morreram no sábado, numa rua da Quinta do Conde, em Sesimbra, depois de terem sido mortalmente atingidas por tiros de caçadeira disparados por Rogério Coelho.
Segundo os relatos dos vizinhos, foram discussões sobre o cão da família Pereira que levaram o vizinho a disparar na tarde de sábado, matando pai e filho.
As divergências por causa do comportamento do animal duravam há anos e já teriam levado Rogério Coelho a agredir António José Pereira com um machado.
Na altura, as agressões chegaram mesmo a tribunal e Rogério Coelho foi condenado a pagar uma indemnização ao vizinho e agente da PSP.
Mas a contenda entre vizinhos não ficou por aí. No sábado, eram 17 horas quando a GNR foi chamada ao local depois de Rogério Coelho ter disparado vários tiros de caçadeira atingindo António José Pereira e o filho, Bruno.
Nuno Anes estava ao serviço e foi chamado para tomar conta da ocorrência. Ainda estava a tentar perceber o que se tinha passado, falando com moradores da rua, quando foi atingido por um tiro na cabeça, tendo morrido no local.
Segundo uma fonte da GNR Rogério Coelho, de 77 anos, ainda tentou matar-se com um tiro de caçadeira, mas acabou por sofrer apenas ligeiras, tendo sido transportado para o Hospital de Setúbal, onde ainda se encontra internado.
Artigo corrigido às 22h