Em empate técnico na liderança das sondagens estão o Syriza e o partido de centro-direita Nova Democracia, agora liderado pelo ex-ministro da Defesa Vangelos Meimarakis.
O líder do Syriza reconheceu ter feito “erros e exageros” durante os sete meses de governação. Contudo afirmou não se ter “rendido” nas negociações com os credores. E mostrou-se satisfeito por ter obtido um acordo “doloroso que tem muitos pontos positivos para o povo grego”.
O sucessor de Antonis Samaras mostrou-se disponível para chegar a um entendimento com o Syriza seja qual for o resultado das eleições. “Tsipras não se encontra nem fala comigo”, lamenta o conservador. No entanto, o cenário de bloco central é recusado por Tsipras.
Sem acordo entre os dois principais partidos, o vencedor terá de procurar aliar-se a uma ou duas pequenas formações. No entanto, e como seria de esperar, Tsipras foi o alvo de quase todos os outros candidatos.
“Se houvesse a Framboesa Dourada para a economia, de certeza que Tsipras seria o vencedor”, atirou a socialista Fofi Gennimata em referência ao prémio que distingue os piores filmes de Hollywood.
Já o centrista Stavros Theodorakis, do partido Potami, que dias antes anunciara estar disponível para fazer um pacto “com o diabo” para garantir estabilidade ao país, lembrou que votara no Parlamento ao lado do Syriza para que o memorando fosse aprovado, mas que só está disponível para um entendimento caso se avance com uma reforma do setor público.
À esquerda, Panayotis Lafazanis, ex-ministro que saiu em diferendo com Tsipras, defende a saída da Grécia do euro. “A austeridade é que é o desastre” e não o regresso à dracma, garante o líder da Unidade Popular. Uma posição semelhante é defendida pelo líder comunista Dimitris Koutsoumbas, que no entanto rejeitou uma aliança com os dissidentes do Syriza, alegando que a forma de lidar com saída da zona euro é diferente da Unidade Popular “como a noite do dia”.
Na segunda-feira decorre um último debate na TV entre Meimarakis e Tsipras.