Quase no fim a porta-voz do BE fazia a proposta de casamento ao secretário-geral do PS com três cláusulas e um sorriso nos olhos: "Se o PS estiver disponível para abandonar o corte de 1.660 milhões de euros nas pensões, o corte da TSU e o regime conciliatório que é uma forma de flexibilização dos despedimentos, no dia 5 de outubro eu cá estarei para que possamos conversar sobre um governo que possa salvar o país. Se me disser que sim ou que vai pensar já valeu a pena este nosso encontro".
António deixou Catarina sem resposta. E passou à exposição das propostas do programa dos socialistas. Mas deixou subentendido que não poderá alinhar ao lado dos que admitem "a rotura com o euro".
A crise dos refugiados na Europa serviu de pontapé de saída para o secretário-geral socialista e a porta-voz do BE iniciarem o frente-a-frente mas aqui lado a lado tecerem juntos críticas ao Governo de Passos Coelho e Paulo Portas e mostrarem-se de acordo no papel que Portugal deve ter, "mais humano" nas palavras da porta-voz do BE e "mais inteligente" na perspetiva do secretário-geral do PS.
"Esta crise tem sido um falhanço da Europa em várias dimensões", criticou Costa.