Ninguém ganhou este debate. Ninguém fez por ganhá-lo. Neste caso era irrelevante. O secretário-geral do PS, nos últimos dez minutos, explicou que o PCP defende a saída do Euro e enumerou as consequências. Assumiu ser a principal entre todas as discordâncias. Na reta final, o secretário-geral dos comunistas confessou não acreditar nos socialistas porque “gato escaldado da água fria tem medo”. Foram os momentos mais quentes do debate. Desculpem-me a ironia.
Jerónimo de Sousa pareceu-me melhor do que nos últimos dias. Tem aparentado um grande cansaço, as palavras não lhe têm fluido como no passado. Nesta conversa amigável com Costa voltou a espaços a ser o Jerónimo que não descola dos tops de simpatia. Já António Costa não fugiu ao guião que trazia. Mensagens escolhidas para indecisos à esquerda e uma bonomia que não tinha sido vista nos debates anteriores.
Uma conversa morna a que faltou um bocadinho de queijo e um copo de um bom tinto. Não se vão coligar depois das eleições, mas lá que parecia…