“O esforço não se pode confinar às nossas próprias fronteiras. Temos que chamar todos os que não se resignam com a decadência do país, com o ataque ao Estado Social”, apelou o líder do PS.
Costa valeu-se dos exemplos de dois autarcas que agora apoiam o PS para chamar todos a participar e “votar PS e dar maioria ao PS”: Basílio Horta, fundador do CDS, e eleito presidente da Câmara de Sintra como independente nas listas do PS, e Alfredo Barroso, que foi presidente na Câmara do Redondo durante trinta anos pela CDU e nestas legislativas dá o apoio aos socialistas. “Sabem que têm que estar connosco agora”, rematou.
Durante a tarde, o candidato a primeiro-ministro esteve na Feira dos Chocalhos, em Alpedrinha, onde, disse, as pessoas lhe diziam “por favor não perca as eleições”. “Com o meu voto podem contar mas o meu voto não chega para ganhar as eleições. É preciso os vossos votos”, brincou Costa, num apelo à mobilização total de militantes e descontentes com as políticas do Governo. “É preciso correr com eles e dar a vitória ao PS”, sublinhou.
Num discurso onde as questões sociais tiveram maior destaque, o secretário-geral do PS deu a garantia de que com o PS “haverá reposição integral das pensões que foram cortadas pelo Governo”.
No debate com Passos Coelho nas rádios, Costa saiu-se mal ao não conseguir responder onde vai cortar mil milhões de euros nas prestações sociais não contributivas, uma medida que está inscrita no programa socialista. Um facto que a direita agora aproveita como arma de arremesso. “É preciso muito descaramento para eles que se comprometeram, em Bruxelas, a cortar 600 milhões nas pensões virem agora acusar os outros de cortar nas pensões”, acusou o líder do PS.
Costa voltou a recusar “discussões líricas” sobre os resultados eleitorais insistindo na mesma tecla: mais votos e mais mandatos (maior número de deputados).