A frase entusiasmou as hostes da coligação, que aplaudiram animadas.
Menos de três horas depois, seguia a caravana para Tavira, já o Jornal de Negócios corrigia o primeiro-ministro.
"Portugal não vai, afinal, fazer mais um reembolso antecipado ao Fundo Monetário Internacional (FMI)", escreveu o Jornal de Negócios, explicando que Passos "equivocou-se com um reembolso de uma obrigação do Tesouro que vence a 15 de outubro, dia em que o país terá de devolver 5,4 mil milhões de euros aos investidores".
O lapso já foi entretanto confirmado pelo gabinete do primeiro-ministro e pelo próprio à noite num jantar em Faro.
"Eu corrijo", disse Passos, garantindo não ter problemas em fazê-lo, já que considera que continua a ser certo que está a pagar dívida contraída pelo governo PS.
"Não são 5,4. Foram mais de 8 mil milhões de euros que pagamos adiantados quase 78 milhões de euros", começou por dizer, explicando que mesmo que o pagamento que anunciou não seja ao FMI, não errou na data nem na verba.
"A 15 de Outubro vamos pagar 5,4 mil milhões. Não é ao FMI, mas são obrigações do Tesouro emitidas pelo governo socialista", afirmou.
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