Esta terça-feira, Costa ensaiou uma resposta para a questão do corte de 1.020 milhões de euros em pensões não contributivas que aguardava esclarecimento desde o debate radiofónico com Passos Coelho.
Mas Portas não ficou convencido com o que ouviu. “Cada explicação, cada trapalhada”, atira Portas numa declaração aos jornalistas improvisada no final de uma visita a uma fábrica de carnes no Montijo.
Costa, acusa Portas, “tem-se desdobrado em explicações que não fazem sentido do ponto de vista técnico e deixam muito a desejar do ponto de vista da sensibilidade social”.
O líder do CDS enumera as possibilidades de corte que Costa já elencou. “Num dia diz que é na ação social, que são os mais desfavorecidos, noutro dia no subsídio social de desemprego, que são as pessoas que estão há mais tempo no desemprego e têm mais dificuldade em encontrar emprego, noutro ainda nas pensões sociais que são ou inválidos ou idosos”.
Paulo Portas acha mesmo que “talvez seja mais útil pôr alguém a fazer em vez dele a fazer a explicação”.
Enquanto isso não acontece, Portas acusa o PS de não ter ainda explicado “o buraco de 6 mil milhões de euros” provocado pela redução da TSU proposta pelos socialistas.
De resto, o líder do CDS não esquece que foram os socialistas que “congelaram as pensões mínimas sociais e rurais quando ainda não havia troika” e que foi este Governo quem as descongelou.