"Este centro é um exemplo positivo que devia ser replicado no resto do país", disse o número dois da lista do PAN por Lisboa, Francisco Guerreiro, numa visita esta manhã àquele centro de recuperação localizado em Monsanto onde diariamente são entregues animais feridos para tratamento e futura libertação.
O centro de Monsanto é um dos 14 espaços de biodiversidade que existem no país, mas Francisco Guerreiro destacou o "excelente trabalho" que recuperação de animais que promove e que, na sua opinião, tem contribuído para minimizar o sofrimento dos animais silvestres, como gaivotas, melros, raposas, pardais, animais de jardins e cobras.
Durante a visita, uma das veterinárias responsáveis pela clínica do centro, Erica Braze, libertou uma jovem cobra ferradura que tinha sido entregue no centro, não por estar ferida, mas porque quem a encontrou junto a habitações e tinha medo que fosse perigosa.
"Em 1996, quando o centro abriu, apenas 10% dos animais eram entregues pela população mas atualmente a maioria das recolhas é feita pela população, o que mostra que há cada vez mais sensibilidade para este tema e consciência das populações", disse a veterinária, acrescentando que o centro liberta cerca de 1/3 dos cerca de mil animais entregues e tratados anualmente no centro, porque muitos morrem devido ao stresse provocado pelo contacto com humanos.
A chefe de divisão de gestão do parque Florestal de Monsanto, Maria Helder Furtado, anunciou ainda durante a visita que o centro está a ser alvo de um processo de certificação ambiental.
Uma das medidas do programa eleitoral do PAN é a abolição dos espetáculos com sofrimento ou morte de animais, terminando com o financiamento público das touradas, dos circos e da caça desportiva.
"É verdade que a grande maioria das raposas que chegam feridas a este centro foram apanhadas numa armadilha ilegal de caça", reconheceu a veterinária Erica Braze.
Lusa/SOL