Um valente estoiro

O jogo que opôs o FC Porto ao Benfica deixa alguns pontos de interrogação no que à equipa da Luz diz respeito. Depois de uma primeira parte muito interessante (e onde até podia ter marcado), as águias subiram para o segundo tempo completamente desfiguradas. 

Numa palavra: estoiraram. Uma abrupta quebra física que abriu enormes espaços (o golo é a evidência disto) e que nada o fazia esperar. Com efeito, o Benfica vinha de jogar na Luz para a Liga dos Campeões, onde até nem gastou muitas energias. Já o FC Porto, pelo contrário, foi obrigado a uma longa e desgastante deslocação à Ucrânia, defrontou adversário bem mais difícil e teve menos um dia e meio para descansar em comparação com a formação encarnada.

Portanto, seria de esperar que o estoiro viesse dos azuis e brancos, mas tal não aconteceu. A razão para este descalabro físico está, parece-me, na tresloucada pré-época que Luís Filipe Vieira decidiu ‘vender’ em troca de alguns milhões, começando a época a pagar o erro que cometeu: dos três jogos fora que o Benfica já fez, não venceu nenhum! E aquela primeira parte no Dragão não merecia final tão penoso…