Os ataques ao primeiro-ministro têm vindo num crescendo: “Pedro Passos Coelho já ganhou eleições a enganar os portugueses e tem a ilusão que pode ganhar as segundas a enganar os portugueses”. As sondagens que têm dado coligação e PS em empate técnico, dentro da margem de erro, e que fizeram mossa no ânimo da caravana socialista, são agora utilizadas por Costa como forma de contra-ataque: “Deve ser pelos tracking polls que se vai animando e julga que já só está a uma mentira da vitória eleitoral. Mas Pedro Passos Coelho está muito enganado, está só a dez dias de sofrer a maior derrota eleitoral que a direita terá em Portugal”.
Mas não convém arriscar e por isso o líder do PS pede mobilização total. Ainda sem mencionar uma maioria absoluta. “Nas freguesias e municípios façam um esforço suplementar a juntar À enorme dedicação que já têm, um esforço acrescido para garantir que vamos ganhar a maioria necessária para podermos concretizar as reformas com que estamos comprmetidos”, diz Costa.
Costa, o autarca
Costa é candidato a primeiro-ministro mas não despe a pele de autarca. Num almoço com autarcas em Paião, distrito de Coimbra, o secretário-geral dos socialistas apostou em falar da sua experiência na Câmara de Lisboa e em como esse currículo será precioso se for Governo. “Há alguns meses deixei de ser presidente de Câmara mas não deixei de ser autarca e serei como primeiro-ministro o que você são todos os dias como autarcas”, disse.
A governação em Lisboa serviu, uma vez mais, para afirmar que é “uma pessoa capaz de construir consensos”, uma vez que estabeleceu acordos com várias forças políticas. “Fomos construindo condições de governabilidade”, referiu. Uma capacidade que, se ganhar as eleições e sem maioria absoluta, será posta à prova para formar Governo.
“Gostaria que vissem sempre em mim como primeiro-ministro aquele que continuará a ser sempre um como vós, autarca ao serviço do país, embora com uma autarquia um bocadinho maior”, concluiu.