CDU satisfaz-se com fim do “quero, posso e mando” em Lisboa

A Coligação Democrática Unitária (CDU) congratulou-se hoje com a hipótese de não haver qualquer maioria absoluta no domingo, sobretudo pelo facto de a coligação PSD/CDS-PP ficar impedida de exercer a “política do quero posso e mando”.

"Vão perder essa maioria absoluta de mais de 50%, que tiveram há quatro anos, não podendo assim ter maioria qualificada na Assembleia da República, o que impede aquela política do 'quero, posso e mando' porque o povo não o vai permitir", afirmou Jerónimo de Sousa, numa numerosa "arruada" entre o Chiado e o Rossio, depois de o percurso ser ocupado pelos socialistas e antes da descida dos protagonistas do Governo.

Com a rua do Carmo quase toda compactada de apoiantes de PCP e "Os Verdes", o líder comunista reafirmou que, "no quadro na nova Assembleia (da República), tem um grande significado (a perda da maioria de PSD/CDS-PP), em conformidade com as projeções, embora haja "sempre um benefício da dúvida, mas deixam de poder decidir, de ser Governo".

"O povo português não a deu (maioria absoluta) nem vai dar ao PS e também não quis dar essa maioria absoluta ao PSD e CDS. A mensagem que temos de dar é: reforcem a CDU. Foi uma luta muito difícil porque eram tempos de convite às inevitabilidades, à desistência, ao 'não vale a pena'", afirmou Jerónimo de Sousa, evitando pronunciar-se sobre se as barreiras psicológicas dos 10% de votos e 20 mandatos serão alcançáveis ou não.

 

 Lusa/SOL