Qual a primeira coisa que fará em caso de vitória?
Naturalmente a formação do Governo. É isso que nos teremos de concentrar a partir de segunda e é isso que iremos fazer a seguir à vitória do PS.
Que acordos pretende fazer, tendo em conta que uma maioria absoluta parece improvável?
O ideal é que os eleitores não deleguem em ninguém a forma de Governo. A única forma que os eleitores têm de decidir o futuro do país é dar maioria absoluta ao PS para que a formação de Governo não fique sujeita à vontade do Presidente da República, nem aos jogos partidários.
As sondagens dão a coligação à frente. O que fará se perder?
A grande sondagem é o que sinto dia a dia na rua, no contacto com as pessoas e não tenho dúvidas que aí não há indecisos. Há uma maioria muito clara de rejeição ao Governo e às políticas do Governo e uma maioria sólida de que se construa uma alternativa com base no PS. O contacto de rua tem uma vantagem sobre as sondagens: não há indecisos, nem pessoas que não respondem, as pessoas são inequívocas no sinal que dão. Sempre atribuí mais fiabilidade ao que os olhos das pessoas me dizem do que aos números das sondagens.
Num cenário de derrota por regra nenhum líder fica…
Não me pronuncio sobre outros partidos. De acordo com a sondagem que faço, e que para mim conta, resultaria na demissão de Pedro Passos Coelho. Mas isso é um problema da vida interna do PSD, não me vou pronunciar.
Não é líquido então que um líder derrotado saia?
Cada partido saberá de si. Relativamente ao PS encaramos estas eleições com a confiança muito tranquila quanto ao resultado que vamos ter, que não passará seguramente por estarmos confrontados com essa questão.