Uma nota tem sido comum às intervenções de todos os dirigentes do PSD e do CDS ao longo da noite eleitoral: cautela.
Depois da euforia inicial mal foi conhecida a vitória da PàF, acompanhada de muitos gritos na sede onde a coligação acompanha a noite eleitoral, a palavra de ordem assumida tem sido a prudência, enquanto se aguarda para saber a “dimensão real” da vitória, como sublinhou a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque.
Também o ministro da Defesa José Pedro Aguiar Branco se declarou “tranquilo”, deixando em aberto, no entanto, que se a coligação não renovar a maioria absoluta que detém "os próximos quatro anos serão difíceis”. “Mas trabalho é o que anima esta coligação", tentou desvalorizar.
Certo é que, perante o tom em crescendo das ameaças dos partidos mais à esquerda ao longo da noite de inviabilizar a formação de um governo da coligação PSD/CDS, Assunção Cristas, a vice-presidente do CDS e um dos braços-direitos de Paulo Portas, já veio avisar que: “Quem ganha as eleições deve governar”.