Cavaco Silva já está neste momento reunido com o líder do PSD e durante esse encontro deverá precisamente dar nota desta preocupação a Passos Coelho, insistindo no apelo a uma tentativa de alcançar acordos com o PS de António Costa para que o novo governo possa ter estabilidade ao longo dos próximos quatro anos.
A primeira grande prova de fogo do novo governo da coligação será logo a apresentação do programa na Assembleia da República, que depende pelo menos da abstenção do PS para ser viabilizado.
Por regra o Presidente da República só indigita o novo primeiro-ministro depois de ouvir todos os partidos com deputados eleitos. No entanto já aconteceu o chefe de Estado convidar o líder do partido a iniciar diligências para procurar formar governo “com um apoio maioritário e consistente”.
No domingo, a coligação Portugal à Frente (PSD/CDS) venceu as eleições com 38,55% (104 deputados), o PS conseguiu 32,38% (85 deputados), o BE passou a ser a terceira força política com 10,22% (19 deputados), a CDU alcançou 8,27% (17 deputados) e o PAN é a grande estreia no novo Parlamento, com um deputado, tendo obtido 1,39% dos votos.