Bloco central, presidenciais, taxas de juro

No PS parece não haver muita vontade de fazer um acordo com o PSD e com o CDS (um bloco central mais o CDS) para assegurar a estabilidade do governo. Costa tenta fugir de Passos, o primeiro-ministro que impôs a austeridade mais dura que este país viveu em democracia, como quem foge da peste. Essa…

Do comunicado da reunião do PS, ontem de madrugada, surgiu outra novidade: o partido não vai apoiar oficialmente quem quer que seja nas presidenciais. Isso coloca problemas adicionais a Sampaio da Nóvoa e a Maria de Belém, que assim não podem contar com a máquina de campanha do PS. Resta saber que apoios reunirão por si próprios. Ambos são candidatos fortes: Sampaio da Nóvoa tem o apoio de três ex-presidentes da República (Eanes, Soares, e Sampaio), e Maria de Belém tem do seu lado a ala direita do PS, que ainda tem alguma força. Veremos, já a partir da próxima semana, o que irão começar a fazer.

Por fim, os mercados financeiros. Se há uma coisa que os mercados detestam é a instabilidade, mas parecem não estar muito preocupados com cenários de instabilidade em Portugal. A taxa de juro da dívida da República Portuguesa a 10 anos está, às 13:27, a 2,38%, abaixo dos 2,72% em que esteve há duas semanas. Os mercados estão convictos que PS – PSD – CDS acabarão por encontrar alguma plataforma de entendimento. Espero que tenham razão.