“É prematuro dizer que um acordo é possível mas é seguro dizer que há condições para que esse acordo seja possível”, disse o líder do PS, após 1h45 de reunião com o BE. Costa referia que os contactos com PCP, PEV e BE têm “permitido criar condições para avaliar se existem ou não condições para criar um governo alternativo”, sublinhando que as reuniões com PCP e PEV “correram muito bem” e “esta correu de forma interessante”.
Segundo Costa, “há matérias que podem dar suporte a um entendimento sólido e estável” entre PS e BE, referindo que “há margem para podermos aproximar posições e reduzir divergências”. Por isso, o líder do PS anunciou que vai haver mais reuniões para trabalho técnico de modo a “diminuir o grau de divergências e alargar a base de sustentação para uma solução governativa estável”.
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Antes das eleições, Catarina Martins tinha desafiado António Costa para um acordo, durante um debate na TVI24. Nessa altura, a porta-voz do BE estabeleceu as três linhas vermelhas do seu partido: que o PS desista do despedimento conciliatório, da descida da TSU e no corte de 1600 milhões em prestações sociais. Questionado sobre a possibilidade de deixar cair alguma dessas matérias, o líder do PS sublinhou que PS e BE têm um objetivo comum: a recuperação do rendimento das famílias, principalmente das famílias mais pobres. “Para esse objetivo comum há diversas formas de alcançar o objetivo. Nós propomos uma, o BE outras. Verificamos que há margem para podermos aproximar posições e reduzir divergências”.
Costa disse, ainda, que é “prematuro” dizer qual será a forma de tomada de posição interna do PS sobre um Governo de esquerda. Hoje o Diário de Notícias refere que haverá um referendo interno.