Santana desafia Marcelo a dizer o que faria no lugar de Cavaco Silva

O provedor da Misericórdia de Lisboa, Santana Lopes, disse hoje não estar em condições de responder qual o candidato presidencial que apoiará e desafiou Marcelo Rebelo de Sousa a dizer o que faria no lugar de Cavaco Silva.

"Não posso ser mais sincero. Para já, o tempo para pensar não tem sido muito e mesmo que conseguisse pensar muito, acho que ainda não tinha conseguido chegar a nenhuma conclusão porque eu ainda não sei o que é que ele pensa do exercício da função presidencial. Por exemplo, eu gostava imenso de o ouvir dizer o que faria no lugar de Cavaco Silva agora. Nomeava Pedro Passos Coelho ou não? Ou dava posse a António Costa?", questionou Santana Lopes.

Pedro Santana Lopes, que no final de agosto anunciou que não seria candidato à Presidência da República, afirmou num almoço promovido pelo American Club, em Lisboa, não estar "em condições de responder" sobre que candidato presidencial apoiaria.

Confrontado pelos jornalistas no final da sua intervenção, em que também respondeu a perguntas, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa disse que António Sampaio da Nóvoa "fez muito bem" em dizer o que faria no lugar do atual chefe de Estado no processo de formação de Governo decorrente das eleições legislativas de 04 de outubro.

"Assim é que os portugueses podem optar. Com base em chá e simpatia, não é por aí que os portugueses podem decidir", afirmou.

Sobre o antigo presidente da Câmara do Porto Rui Rio, Santana disse à plateia do American Club e repetiu aos jornalistas que provavelmente não saberá o seu entendimento sobre esta matéria porque "dizem que não vai ser candidato".

Ainda relativamente a Marcelo Rebelo de Sousa, Santana afirmou que "nos seus manuais explica muito bem o sistema de governo" mas contrapôs que "nem sempre os professores de direito dizem qual é a sua posição sobre as matérias que são tratadas nos seus manuais".

"Eu já disse o que defendo, nomeava Pedro Passos Coelho primeiro-ministro. Se não passasse na Assembleia, depois podia tomar outras opções mas essa opção para mim era indiscutível, acho que não pode ser discutível", acrescentou.

Lusa/SOL