“Isto será como deitar abaixo o que resta do muro de Berlim. O PS não se deslocou para o lado dos partidos anti-europeus, estes é que concordaram em negociar um programa de governo comum sem colocar os compromissos de Portugal, enquanto membro da eurozona, em risco”, diz Costa, lembrando que o PS é “o partido mais pró-europeu” em Portugal. Esta é a terceira entrevista que dá a jornais internacionais, depois de ontem ter falado com a Reuters e a France Press, num dia em que vários jornais portugueses faziam notícia que os mercados estavam assustados com um governo de esquerda.
O líder do PS refere que um acordo com Passos ainda é possível mas “será melhor ter um Governo PS”, suportado por uma aliança à esquerda. “Não estamos a fazer bluff, atuamos sob o princípio de boa-fé”, diz o secretário-geral socialista, referindo que as negociações com PCP e BE “estão mais avançadas e têm corrido melhor” do que as conversações com a direita.
Ontem, a reunião entre Costa e Passos e Portas chegou ao fim novamente sem conclusões.