Esta posição foi transmitida pela deputada centrista Vânia Dias da Silva numa breve declaração aos jornalistas na Assembleia da República, em que também acusou o Bloco de Esquerda e o PCP de terem cedido ao PS em matéria de pensões mínimas.
O PS, se formar Governo, prepara-se para retomar a lei de atualização das pensões, que foi suspensa em 2009 e de cuja fórmula, se aplicada a 2016, resulta um aumento de 0,3 por cento para as pensões até 628 euros.
Vânia Dias da Silva acusou o PS de pretender "enganar os portugueses em matéria de pensões" e referiu que na anterior legislatura o executivo PSD/CDS "foi forçado a governar com um memorando de entendimento que previa o congelamento das pensões mínimas, sociais e rurais".
"Apesar de tudo, fomos contra esse ponto do memorando e todos os anos foram aumentadas as pensões mínimas sociais e rurais. Mas hoje caiu a máscara, porque o PS disse finalmente o que vai fazer com as pensões. Estamos também perante a primeira cedência do Bloco de Esquerda e do PCP ao PS", apontou.
Para a deputada do CDS, essa primeira cedência "é desproteger os mais fracos e os mais pobres" na sociedade portuguesa.
"Estes três partidos [PS, BE e PCP], que nos apelidaram sempre de pessoas sem coração, querem desproteger os mais fracos e mais pobres. A coligação PSD/CDS propunha um aumento de 25 euros por mês para as pensões mínimas, mas estes partidos estão a propor um aumento de três cêntimos por dia, um euro por mês", acrescentou Vânia Dias da Silva.
Lusa/SOL