O protesto estava já a ser preparado, mas ganhou nova urgência com o fecho da venda da TAP à Atlantic Gateway, que foi assinado ontem. «A privatização da TAP por um governo em gestão veio provar que temos de agir já», adiantou Gonçalo Gomes.
A estrutura, que se apresenta como um movimento de cidadãos sem filiação partidária, acusa Cavaco Silva de, «no final do seu mandato, continuar a impor aos portugueses um governo e uma política que já foi chumbada nas ruas e nas eleições», permitindo que a coligação PSD/CDS continue a «vender» o país, em contra-relógio. E, por isso, apela ao povo, à SGTP, aos sindicatos independentes como os estivadores para saírem à rua, mostrando a sua vontade de «chumbar a direita de vez».
Ao SOL Gonçalo Silva admite que o movimento tem contacto regular com as estruturas sindicais e que espera contar na segunda-feira contar com a sua participação. Aliás ao SOL, o líder da CGTP, Arménio Carlos, e vários dirigentes bloquistas defenderam esta semana que as manifestações na rua podem dar força política ao futuro Governo de esquerda, pressionando Cavaco a indigitar o líder socialista António Costa.