Et alors, monsieur le Président?

Em janeiro nem todos fomos Charlie. Uns por não compreenderem ou recusarem compreender o que estava em jogo, outros porque sabiam. Em várias escolas secundárias francesas o minuto de silêncio pelas vítimas do massacre do Charlie Hebdo foi boicotado.

O ataque de 13 de novembro não foi contra um alvo específico – tentou liquidar o máximo de pessoas, francesas ou estrangeiras, cristãs ou muçulmanas. Foi um “ato de guerra”, como classificou François Hollande, que terá o condão de unir os gauleses. E, em conformidade, o Presidente francês sentir-se-á tentado a reagir com todos os meios, como também prometeu. Mas se até agora a estratégia de bombardeamentos da aliança liderada pelos Estados Unidos não é um sucesso, que resposta esperar?

Ao nível da segurança interna e dos serviços de informações as preocupações serão ainda mais agudas. No quase imediato (a partir de 30 de novembro) há a Cimeira do Clima, na capital francesa, que reúne dirigentes e líderes de todo o mundo. E no verão de 2016 dez cidades francesas acolhem o europeu de futebol. Em que condições?

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