Vítor Bento disse ser razoável esperar soluções que assegurem estabilidade

O economista e conselheiro de Estado Vítor Bento disse hoje ser “razoável esperar e desejar” que a sociedade política consiga produzir soluções governativas que assegurem condições de estabilidade política e financeira, rigor, flexibilidade e baixos custos de contexto.

"As pessoas precisam de uma economia que prospere para poderem melhorar as suas vidas, para prosperar a economia precisa de estabilidade política e estabilidade de propósitos para poderem planear a prazo, de rigor e estabilidade financeira, de flexibilidade e de baixos custos de contexto", afirmou Vítor bento, em declarações aos jornalistas no final de uma audiência com o Presidente da República.

Nesse sentido, acrescentou o também conselheiro de Estado, "é razoável esperar e desejar que a sociedade política consiga produzir as soluções políticas, nomeadamente governativas que assegurem essas condições".

Vítor Bento foi o primeiro dos sete economistas que o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, irá receber hoje em Belém, na sequência da aprovação a 10 de novembro de uma moção de rejeição do programa do Governo por todos os partidos da oposição, derrubando assim o executivo de coligação PSD/CDS-PP, liderado por Pedro Passos Coelho.

Para as 10:45 está agendada a audiência com o presidente da COTEC, Daniel Bessa, seguindo-se depois os ex-ministros das Finanças João Salgueiro e Luís Campos e Cunha, às 11:30 e 12:15, respetivamente,

À tarde, pelas 15:00, o chefe de Estado irá ouvir o antigo ministro das Finanças Teixeira dos Santos, seguindo-se às 15:45 o conselheiro de Estado Bagão Felix e, às 16:30, o ex-ministro da Economia 16:30.

Para as 17:15 está marcada o último encontro, com o Governador do Banco de Portugal, Carlos Costa.

Na sexta-feira, o Presidente da República irá ouvir os partidos com assento parlamentar.

Somando os encontros de hoje, Cavaco Silva ouvirá 24 entidades sobre o impasse político, tendo começado a receber na semana passada, em nove audiências separadas, as confederações patronais, as associações empresariais e as centrais sindicais. Já esta semana, na quarta-feira, recebeu, em sete audiências separadas, os presidentes dos principais bancos a operar em Portugal e o presidente da Associação Portuguesa de Bancos.

Lusa/SOL