Com António Costa, assumirá o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, onde, um dos seus principais desafios será – outra vez – encontrar o equilíbrio entre a evolução da demografia e das pensões, como já fez. Foi o responsável pela introdução do fator de sustentabilidade no sistema de pensões português, que adequa o valor das reformas à esperança média de vida.
O até agora deputado socialista já tinha exercido outros cargos governativos. Foi secretário de Estado das Obras Públicas e da Segurança Social. No segundo governo de Sócrates tornou-se ministro da Economia, Inovação e Desenvolvimento.
Presidiu ainda várias comissões parlamentares.
“Das coisas que fiz na vida política, uma coisa que correspondeu a uma expectativa que tinha desde jovem, foi ser deputado. Pode parecer estranho: ser deputado é pouco considerado. Mal. Mas é pouco considerado. Era uma coisa que sempre pensei que gostaria de fazer. Ser membro de governo, não fazia parte dos meus sonhos ou expectativas juvenis”, afirmava Vieira da Silva, numa entrevista publicada em 2009 no Jornal de Negócios, onde também disse que gostaria de ter um programa de rádio quando deixasse a política.
Licenciado em Economia e professor, José Vieira da Silva começou por estudar na Marinha Grande, onde nasceu, e depois em Alcanena. Em 71 chegaria a Lisboa. Conta, na mesma entrevista, que foi nessa altura, “um dos picos da contestação estudantil”, que se iniciou na vida política.
“Quando tinha 16, 17 anos, achei que a questão social era mais urgente. Saí de casa pensando inscrever-me numa alínea de Letras; tive de fazer uma viagem de 20, 30 minutos de autocarro; cheguei lá e inscrevi-me na alínea que praticamente só dava acesso a Economia”, recorda.