O défice orçamental das administrações públicas fixou-se em 4.843,7 milhões de euros até setembro, ou seja, 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Os dados foram revelados, esta quarta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com a entidade, este alívio deve-se à "diminuição da despesa em 8%, refletindo o registo da capitalização do Novo Banco no período homólogo, mas também pelo aumento da receita total (2,2%). Destaque-se em particular o aumento da receita com impostos sobre a produção e importação (8,2%), que representou 14,5% do PIB, o que compara com 13,8% do PIB do período anterior".
Este valor acaba por ir ao encontro do que estava previsto pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) que previa que o défice deste terceiro trimestre estaria entre os 3,4% e os 4% do produto interno bruto (PIB), um intervalo cujo ponto médio era 3,7%.
A ajuda pública ao Banif será contabilizada nas contas do Estado deste ano, mas não fará parte das contas enviadas para a União Europeia por ser um processo extraordinário com limitações previstas no Pacto Orçamental.