"Dizemos não à grande coligação PP e PSOE e dizemos sim a um governo que junte todas as forças progressistas", declarou na conferência de imprensa na sede do PS, no Largo do Rato em Lisboa.
Sobre o que falou com Costa, Sanchez não se quis alongar, mas não poupou elogios ao português. "É um grande político, um excelente primeiro-ministro. E todos os dias que falo com ele aprendo".
Uma coisa que Pedro Sanchez aprendeu com António Costa foi dar tempo à direita para que, como força mais votada, apresente o seu governo. Mas, como Costa, promete que irá chumbar essa solução por ir contra o que entende ser a "vontade de mudança" expressa pelos espanhóis na configuração do novo Parlamento.
"Votaremos contra a investidura de Rajoy", anunciou o socialista espanhol que diz estar aberto a falar com "todas as forças progressistas" e não exclui sequer os partidos nacionalistas. "O que importa são as políticas e não as siglas".
Apesar disso, volta a dizer que o PSOE defende a "integridade territorial" de Espanha e recorda que ainda recentemente os catalães disseram "não" à independência da Catalunha.
O certo é que Sanchez veio a Lisboa procurar inspiração, mas também mostrar aos espanhóis o exemplo português e explicar-lhes que a união com outros governos progressistas pode fazer a diferença em Bruxelas.