Tinha tido convites da RTP e da SIC, mas o facto de Rita Amaral ser cunhada de Miguel Paes do Amaral acabou por ter impacto na decisão de ir para a estação de Queluz de Baixo.
Com o tempo, ganha à vontade em frente às câmaras e audiências. O público adora-o. Fala de maneira simples, estabelece um contacto próximo com os pivôs que com ele dividem o estúdio, e não resiste até a algumas graças.
Passa a ser um fenómeno de popularidade. E adora. Os amigos dizem que depois de uns dias no estrangeiro sem ser reconhecido, Marcelo começa a ter saudades do contacto com o público. Gosta de ser “o professor” e de receber a atenção das pessoas.
Fazendo gala da sua independência, o comentador não se escusa a criticar o PSD e Santana Lopes quando chega a primeiro-ministro depois de Durão Barroso sair para a Comissão Europeia. Santana não lhe perdoa e o ministro Rui Gomes da Silva vem a público atacar o facto de o professor “perorar 45 minutos sobre política” sem qualquer contraditório.
O dono da TVI, Paes do Amaral, pede a Marcelo para ser menos crítico. Marcelo acaba por dizer que quer sair e emite um comunicado a anunciá-lo.
A saída ganha dimensões políticas graves e afeta a imagem já desgastada de Santana. Marcelo acaba por ser convidado para ir comentar para a RTP, já depois de Sampaio demitir Santana. Voltará à TVI em 2010 de onde só saiu em 2015, imediatamente antes de anunciar a candidatura à Presidência.