É um professor popular, conhecido por falar descontraidamente com todos os alunos que o abordam. Organiza jantares de turma e chega a pagar do seu bolso a conta dos que saem de mansinho para evitar a ‘dolorosa’. Corre depois as capelinhas da noite, Plateau, Kapital, Kremelin, com os estudantes. E tem outra característica invulgar para um catedrático: insiste em ser ele próprio a corrigir as provas escritas.
Feliz com o trabalho na Universidade, demorou meses a dizer que sim ao convite de Emídio Rangel para fazer um programa de análise política na TSF.
Em 1993, já na reta final do Cavaquismo, Marcelo assume os microfones da rádio para ao meio-dia de domingo dar notas aos políticos. Era o programa ‘Exame’ que não poupava Cavaco e os seus ministros e se tornava numa dor de cabeça para quem estava na política e se via assim avaliado.