“A confirmarem-se estes dados, evidentemente que é uma grande vitória pessoal de Marcelo. Foi uma campanha sem partidos, a mais despartidarizada de sempre. Se for eleito, sai, por isso, com uma legitimidade muito mais reforçada, pela liberdade e independência em relação aos partidos”, afirmou, lembrando que estas presidenciais foram “eleições atípicas”, com o PS a dar liberdade de voto em relação a Sampaio da Nóvoa e Maria de Belém e PSD e CDS a nãos e ficarem à margem da de Marcelo, algo que vê como “positivo”.
Belém com ‘resultado humilhante’
A confirmarem-se as projeções das sondagens, de que Marisa Matias fica em terceiro lugar, Mandes considera que isso será um resultado “humilhante”, embora não fique surpreendido, dado o declínio e a “campanha errática” da candidata socialista. Um “problema sério” terá o PCP, na opinião de Mendes, pois se Edgar Silva ficar em quinto lugar – ou mesmo em sexto lugar, atrás de Vitorino Silva, como indica a projeção da Intercampus para a TVI –, isso quer dizer que os comunistas “perdem em pouco espaço de tempo duas eleições para o BE”. “Isto pode ter consequências para a maioria que apoia o Governo, pois o PCP terá a tentação de radicalizar mais a sua posição”, considera o ex-líder do PSD.