O PCP anunciou ontem quatro propostas de alteração ao Orçamento do Estado para o próximo ano. Os comunistas propõem o congelamento das propinas do ensino superior em 2016, a progressiva gratuitidade dos manuais escolares, a redução da taxa máxima do IMI de 0,5 para 0,4 e alterações na atribuição do subsídio social de desemprego.
Os comunistas estão ainda a analisar a possibilidade de apresentarem mais propostas com o objetivo de criar “mais justiça social, não tributando aqueles que menos têm e, sobretudo, indo buscar os impostos a quem os pode pagar porque tem mais rendimentos ou mais lucros”, disse o líder parlamentar, João Oliveira.
Os comunistas têm elogiado o Orçamento de Costa por ter medidas que “podem dar resposta a problemas imediatos e a expectativas dos trabalhadores e do povo português”, mas também dizem que “este não é o Orçamento do PCP”. Na última edição do jornal oficial do PCP, o dirigente comunista Jorge Cordeiro escreve que “não só é manifesto exagero ver no orçamento um orçamento de esquerda, como é sobretudo cegueira não querer ver que para lá das opções do governo são as imposições externas que ampliam as suas limitações”.
