Francisco Assis é desde o último congresso do PS a face da oposição interna. Ontem, na apresentação do livro de António José Seguro, o eurodeputado admitiu que pondera ter atuação no conclave marcado para Junho. Mas também considerou que este não é o tempo para “ser fraturante”.
Questionado sobre se pondera apresentar uma moção ao congresso, ainda que apenas setorial, não descartou essa hipótese. “Há uma reflexão que tem de ser feita e ainda não foi feita”, disse aos jornalistas.
Assis garante que não mudou de ideias, sobre a maioria de esquerda. “A minha posição é conhecida. Mas o secretário-geral do PS é primeiro ministro agora, com uma visível maioria de apoio no Parlamento. Sei reconhecer que é preciso respeitar os momentos em que ficamos em minoria”, contrapôs.
Sobre o regresso de Seguro à política, retorquiu que o ex-secretário-geral – de quem começou por ser adversário à liderança (em 2011) e cuja reeleição (em 2013) apoiou – na verdade nunca chegou a sair dela.
Assis contou que não tem falado com Seguro nos últimos tempos, nem “com ninguém”. Mas não se sente sozinho. Oi sabe que estão previstos encontros nos próximos dias para fazer uma uma análise dos resultados das eleições distritais no PS. E para acertar a atuação no congresso. Para já, os apoiantes de Assis apostam num ‘low profile’.