Paulo Portas, que esteve em Luanda há cerca um mês com José Eduardo dos Santos, sabe disso. Mesmo assim, acha que se deve evitar a "judicialização" da relação com Angola e frisa que não é possível "substituir" os elos que ligam Portugal àquele país africano.
“Com a autoridade que tem quem trabalhou muito, Portugal não está em condições de substituir Angola na política externa, pelo número de portugueses que lá vivem, pelas duas mil empresas que estão em Angola e que merecem a nossa protecção, pela inter-penetração das suas economias, apelo a todos aos órgãos de soberania para terem isto presente”, disse Portas no seu último discurso como líder do CDS.
O líder que está de saída disse saber que a sua posição é “politicamente incorrecta”, mas defendeu que a "tendência para a judicialização” das relações entre Portugal e Angola “seria um caminho sem retorno” a evitar.