Os trabalhadores preferem, porém, falar em “despedimento colectivo” e temem que possam sair mais funcionários nesta reestruturação que está a ser leva a cabo.
Segundo um comunicado enviado esta segunda-feira aos trabalhadores do Novo Banco a que a Lusa teve acesso, esta redução de pessoal é defendida pela administração como “necessária e inadiável para a viabilidade empresarial” do grupo.
No mesmo documento, a administração diz que este processo de rescisões amigáveis é uma forma de “esvaziar ou minimizar o âmbito de um possível despedimento coletivo”.
A administração do Novo Banco lembra nesse mesmo comunicado que o grupo tem de eliminar mil empregos e reduzir os custos em cerca de 150 milhões até ao final de 2016, para cumprir os compromissos decorrentes dos auxílios de Estado que recebeu. Para o fazer, Stock da Cunha aponta como caminho “desinvestir de negócios e de geografias não estratégicas, recentrando o foco nas atividades principais”.
Entretanto e em reação a estas notícias, o Sindicato dos Trabalhadores da Atividade Financeira (SINTAF) já veio defender que a solução para o Novo Banco passa pela nacionalização, que é também a solução defendida por BE e PCP.
De acordo com o compromisso firmado com Bruxelas, o Governo português tem até outubro de 2017 para vender o Novo Banco. Mas a dificuldade em encontrar um grupo para investir no banco já levou a ponderar a hipótese de uma solução que passa pela dispersão do capital em bolsa.