Além destes nove, foi aplicada a medida de obrigação de apresentações periódicas na esquadra e proibição de saída do país a outros seis arguidos.
Segundo um comunicado emitido esta noite pela Procuradoria-Geral da República (PGR), "este inquérito, que corre termos no Departamento Central de Investigação Penal (DCIAP), tem 17 arguidos constituídos" e "em causa estão suspeitas da prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, tráfico de estupefacientes agravado, associação criminosa e branqueamento".
Os investigadores suspeitam que os elementos policiais davam apoio a "associações criminosas que importariam cocaína proveniente da Colômbia, normalmente por via marítima e/ou aérea, produto que se destinaria a ser vendido em Portugal ou enviado para os outros países europeus, designadamente Espanha".
A PGR refere ainda que tal apoio "traduzir-se-ia no fornecimento ilegítimo de informações acerca de investigações de crimes de tráfico de estupefacientes em curso". Em troca eram pagas luvas.
A Operação Aquiles foi desencadeada a 5 de abril, tendo nesse dia sido realizadas mais de 100 buscas domiciliárias e não domiciliárias na Grande Lisboa e no Grande Porto, mas também em Setúbal, Torres Vedras e Braga.
De acordo com a PGR "foram apreendidos veículos, equipamentos informáticos, dinheiro, saldos de contas bancárias, outros valores e diversa documentação, bem como droga".
Nas diligências participaram três magistrados do Ministério Público, um juiz e mais de 300 inspetores da Polícia Judiciária.
Na nota enviada ontem é revelado que também participaram "no âmbito de cooperação internacional solicitada, magistrados da Audiência Nacional de Espanha e elementos do Cuerpo Nacional de Policia".