Bloco põe pressão no PS

O início da moção subscrita pelas duas principais tendências do BE para a Convenção do partido que tem lugar no último fim de semana de junho, em Lisboa, dá logo o tom: invoca «raízes na Revolução de 1974-75» e procura  «um programa alternativo, ecologista e feminista de desobediência aos poderes que nos impõem a austeridade…

«Sem uma nova estratégia para o país não é possível vencer a austeridade e sustentar o compromisso de recuperação de rendimentos», afirma o texto intitulado ‘Força da Esperança – o Bloco à Conquista da Maioria’. 

A mais de um ano das autárquicas, a porta fica quase fechada a alianças pré-eleitorais. «OBloco apresentará a sua alternativa nos Açores [com eleições regionais em outubro] e nas autarquias, concretizando as maiores convergências locais em torno de programas que ponham as pessoas à frente  dos interesses financeiros e imobiliários». E renova-se o interessa nas candidaturas de movimentos cívicos.

O texto – que tem aprovação quase garantida nas suas linhas gerais, por congregar a esmagadora maioria dos bloquistas – apela ainda a uma «mais intensa luta de massas». E também altera a estrutura diretiva do partido. A Comissão Permanente desaparece, sendo criado um Secretariado, que dá continuidade ao trabalho da Comissão Política. Catarina Martins, atual porta-voz, passará a ser a primeira figura, encabeçando a lista à Mesa Nacional.