"A minha forma de estar na vida política é a transparência. Os meus interesses também são esses. São os do bem público", afirmou o ministro.
A resposta era ao deputado Cristóvão Simão Ribeiro do PSD sobre a saída de João Wengorovious Menezes do lugar de secretário de Estado do Desporto, o tema da audição desta quarta-feira na Comissão de Educação.
Mas ficou claro que o recado ia direito ao líder do PSD que acusou o ministro de aturar em defesa de "outros interesses" que não os da "comunidade".
"Há uma dignidade de Estado que nos obriga a não alimentar insinuações necessariamente vagas", continuou Tiago Brandão Rodrigues.
"A minha política é uma política de causas e não uma política de casos", afirmou o ministro, que assegurou que "nada" o move "contra o dr. Menezes".
Desejando sorte ao secretário de Estado que anunciou a sua saída via Facebook, Brandão Rodrigues recusou a ideia de que tenha havido "bullying político", como chegou a ser dito por uma ex-colaboradora sua citada pelo Diário de Notícias.
O ministro negou também ter havido qualquer "interferência" – que considerou que seria "grave" – no trabalho do seu antigo secretário de Estado. Mas sublinhou que o que defenderá sempre é o cumprimento do programa de Governo.
"Irei sempre interferir para que o programa de Governo seja cumprido", disse o ministro, que assegura encarar "este processo com inteira normalidade, por mais que tenha havido declarações no Facebook".
"Não me cabe a mim alimentar nenhum tipo de tricas e especulações", limitou-se a referir, garantindo não ter havido "nenhuma queixa de comportamento indevido no gabinete do secretário de Estado".