Tiago Brandão Rodrigues veio hoje ao Parlamento para responder pela política de Educação do Governo, num debate agendado pelo CDS. Mas aproveitou a ocasião para anunciar mais uma reversão de uma política do seu antecessor Nuno Crato.
O ministro da Educação considerou uma "infeliz experiência sem par na Europa" a forma como o anterior Governo criou o ensino vocacional para encaminhar para essa via alunos que aos 12 anos apresentavam problemas de aprendizagem.
Para mudar essa forma de encaminhar os alunos para a via profissional, Brandão Rodrigues vai criar "tutorias" para acompanhar os jovens que aos 12 anos tenham problemas de insucesso escolar.
A ideia é que o acompanhamento ajude estes estudantes a entender se devem continuar na via regular ou mudar para a via vocacional.
A novidade mereceu o aplauso de todas as bancadas que apoiam o Governo, que tinham sido sempre críticas da reforma do ensino vocacional levada a cabo por Nuno Crato por defenderem que mais do que uma escolha o ensino vocacional aos 12 anos era uma forma de condenar alunos com piores resultados a ficarem fora do sistema que os poderia levar ao ensino superior.
Depois do fim da prova de avaliação de conhecimentos dos professores, do fim dos exames do 4.º ano e da revisão das turmas financiadas em contratos de associação, esta é mais uma medida de Crato que será revista por Tiago Brandão Rodrigues.