Segundo a Lusa, os centenas de manifestantes protestavam contra os cortes no financiamento a colégios privados com contrato de associação. Com cartazes com frases como "Descartáveis são os governos! Não pessoas de carne, osso e alma" ou "O Partido Socialista fecha escolas de qualidade", juntaram-se a cerca de vinte metros de uma tenda instalada em frente ao Museu, onde decorreu a cerimónia.
Os manifestantes, que vestiam ainda t-shirts amarelas onde se lia “Defesa da escola”, também se fizeram ouvir durante os discursos do arquiteto Siza Vieira e de Joaquim Couto, presidente da Câmara de Santo Tirso.
Recorde-se que foi anunciado ontem que, no ano letivo de 2016/2017, o Governo vai financiar 273 turmas em início do ciclo em colégios privados. Um número que representa um corte de 57% no financiamento – atualmente, funcionam 656 turmas com contratos de associação nas escolas privadas.
Três representantes das escolas em protesto foram levadas para o interior do museu. Segundo Filipa Amorim, uma das representantes, pretendiam entregar ao primeiro-ministro "um estudo sobre as consequências que as 39 escolas que não vão poder abrir turmas com contrato de associação vão sofrer".
"Não se trata apenas de não abrir novas turmas. Estamos a falar de matar à machadada os colégios com contrato de associação", acrescentou ainda a representante.
António Costa reuniu-se com representantes das escolas privadas e prometeu agendar uma reunião com os mesmos.