Costa afirmou mesmo que a ausência da ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, esta sexta-feira no Parlamento, se deve ao facto de estar reunida com as partes envolvidas na tentativa de chegar a uma solução para o diferendo que divide estivadores e operadores portuários.
O primeiro-ministro não adiantou, porém, qual será a consequência de não se ultrapassar hoje o impasse.
É que os operadores já ameaçaram os estivadores com um despedimento coletivo e os trabalhadores continuam a exigir o fim de uma empresa criada para recrutar mão-de-obra precária e a um custo mais baixo do que o praticado pelos que têm contrato na estiva.
António Costa aproveitou mesmo a pergunta de Passos Coelho para recordar que a questão se arrasta há anos e que a greve se prolongou por 400 dias no Porto de Lisboa durante o mandato do anterior Governo.
O tema da greve na estiva promete marcar a próxima semana, já que o PCP vai avançar com um projeto de resolução para combater a precariedade no setor e impedir a contratação à jorna que está a ser tentada pelos operadores.
Também o BE deve avançar com uma iniciativa política sobre o tema, estando ainda à espera de ver como o Governo lida com a situação antes de definir uma estratégia de ação política.