"Previsões são previsões. As previsões uns dias são melhores, uns dias são piores", afirmou o chefe do governo, quando confrontado com a nova previsão de crescimento de apenas 1,2% este ano.
António Costa recusou-se a comentar os aspetos específicos do relatório da OCDE, hoje divulgado, defendendo que "em vez de angustiados com as previsões de cada dia, temos de investir na educação, na inovação e na modernização das empresas do Estado".
"O governo não põe em questão rever os objectivos, que são trabalhar o que é o programa nacional de reformas, trabalhar no que é essencial", disse o primeiro-ministro à margem de um visita a uma escola da Amadora.
De acordo com o relatório da OCDE, Portugal só deverá crescer 1,2% em 2016. Este valor, que constitui uma revisão em baixa face aos 1,6% estimados há seis meses, está muito longe dos 1,8% previstos pelo governo, e representa uma descida em relação aos 1,5% registados em 2015.
Uma desaceleração que está em linha com as previsões para a economia mundial que caíu numa “armadilha de crescimento baixo”, diz a OCDE.
As previsões para este ano são, aliás, as mais pessimistas entre as várias instituições internacionais. A Comissão Europeia projeta um crescimento do PIB de 1,5% e o Fundo Monetário Internacional 1,4%.
Para 2017, o organismo sedeado em Paris prevê uma variação do PIB de apenas 1,3%.