No âmbito das cerimónias que evocaram também o Dia das Forças Armadas, o Presidente da República procedeu à imposição de condecorações a seis militares. Foram as primeiras impostas a membros das Forças Armadas portuguesas no Terreiro do Paço desde há 42 anos. A última vez que tinha acontecido foi com Américo Tomás, a 10 de Junho de 1973. Ainda em plena guerra colonial. Esta sexta-feira foram condecorados o Coronel Armando de Jesus Marques Leitão, sargento-chefe José António dos Santos Gouveia, 1.º cabo auxiliar António Vitório Barriga Alves Nunes, cabo Luís Alberto Vasques Lopes e aos soldados, José António Baptista Santana e António Maria Alves.
Estas condecorações destinaram-se a homenagear acções desenvolvidas em missões nacionais e internacionais. Três dos agraciados foram condecorados por missões desencadeadas já no final da guerra colonial, entre 1973 e 1974, um deles em Angola e dois em Moçambique. Os outros três militares condecorados estão ainda no ativo.
Seguiu-se depois um desfile das forças em parada, logo seguido de desfiles, Naval, Motorizado, Aéreo e Apeado.
Ao todo, no desfile das forças em parada, estiveram 1.250 homens e mulheres em representação de 30 unidades dos três ramos das Forças Armadas, entre um total de 2.200 militares presentes nas comemorações.
No final da cerimónia e fora ‘da agenda’ oficial das comemorações, o Presidente saiu por uma das ruas laterais à praça, sem antes cumprimentar com apertos de mão várias dezenas de militares veteranos, ex-combatentes na guerra colonial, que se deslocaram ao terreiro do Paço para assistir às cerimónias e felicitarem o Comandante Supremo das Forças Armadas, cargo que o Presidente da República exerce por inerência das funções.
Anteriormente, no discurso para assinalar a data, o Presidente tinha deixado um cumprimento especialmente dirigido aos militares, classificando-os como «garante da independência e da Constituição democrática e social».
As cerimónias começaram cerca das 10 horas com a chegada de Marcelo Rebelo de Sousa ao Terreiro do Paço, quando foi entoado o hino nacional e foram disparados salvas de canhão a partir dos navios da Armada, fundeados no Tejo, em frente à praça.
Imediatamente antes do discurso do Presidente, realizou-se uma homenagem aos militares mortos em serviço.
As comemorações do Dia de Portugal tiveram este ano o ineditismo de se dividirem entre Lisboa e Paris. Na capital portuguesa tiveram um cariz mais militar, restando para solo francês uma componente mais civil, com o Presidente a condecorar o heroísmo de emigrantes portugueses que ajudaram vítimas dos atentados de Paris.