António Costa garante que não apelo à emigração dos professores. O primeiro-ministro usou o Twitter para rejeitar qualquer comparação entre a declaração que fez em Paris e o apelo de Passos Coelho, em 2011, para que os professores desempregados encontrassem uma alternativa nos países lusófonos.
“A estrada da Beira e a beira da estrada não são a mesma coisa, pois não? Pois… Eu também não apelei à emigração!”, escreveu o primeiro-ministro, partilhando a declaração que fez sobre os professores de português.
António Costa disse que o alargamento do ensino da língua portuguesa nas escolas francesas pode ser “uma oportunidade de trabalho para muitos professores de português que, por via das alterações demográficas, hoje não têm trabalho em Portugal e que podem encontrar aqui”.
Perante as declarações de Costa, os deputados do PSD e CDS compararam as declarações de Costa às de Passos Coelho quando era primeiro-ministro.
“Aguardo a indignação nacional, as críticas de Mário Nogueira, da Catarina, do Jerónimo e de todos os esganiçados que por aí pululam quando as verdades são ditas por alguém do PSD. Espero que corem de vergonha, ou peçam desculpa, ou se indignem. No mínimo que sejam coerentes”, escreveu Duarte Marques, que pertence à comissão parlamentar de Educação, nas redes sociais.
O deputado do CDS João Almeida acusou a esquerda de “incoerência” e considerou que é grave “o silêncio de grande parte da opinião publicada”.