Sampaio da Nóvoa gastou 924 mil euros na sua campanha eleitoral, tendo sido o candidato que mais gastou na corrida às presidenciais de 2016.
Os números foram avançados esta quarta-feira pelo Tribunal Constitucional, adianta a Lusa.
Marcelo Rebelo de Sousa, que tinha estimado gastar 157 mil euros, declarou 179 mil euros de despesas. Já Maria de Belém Roseira gastou 541.146 euros enquanto que Edgar Silva, candidato do PCP, declarou 581.114 euros – 560.071 euros foram pagos por uma contribuição do PCP e 21 mil euros através de angariação de fundos.
Recorde-se que apenas os candidatos que obtiveram mais de 5% dos votos é que tiveram direito a subvenção estatal. O atual Presidente da República, que obteve 52% dos votos, pediu uma subvenção de 165.488 euros, Sampaio da Nóvoa, que arrecadou 22,88%, pediu 896.928 euros e Marisa Matias (com 10,12% dos votos) 290.215 euros.
No total, as subvenções chegaram a 1.352.631 euros – o Estado tem disponível 3,4 milhões de euros para comparticipação das despesas de campanha, com a ressalva de que a subvenção não pode ser superior às despesas efetuadas.
Apenas quatro declararam despesas inferiores a Marcelo Rebelo de Sousa. Paulo de Morais gastou 59.539 euros enquanto que Cândido Ferreira declarou 28.707 euros de despesas e Vitorino Silva gastou 8.171 euros. Jorge Sequeira foi o candidato que gastou menos: 5.941 euros.
Henrique Neto, por sua vez, apresentou despesas de 248.771 euros.
Relativamente às receitas, que somam um total de 1.088.320 euros, Sampaio da Nóvoa arrecadou receitas de mais de um milhão de euros e terminou a campanha com um saldo positivo de 83 mil euros. Já Marcelo Rebelo de Sousa declarou 224.408 euros de receitas e Maria de Belém 93.530 euros, tendo ficado com um saldo negativo de 447.628 euros – a candidata não teve direito a subvenção estatal e não teve contribuição de partidos políticos.
O prazo de entrega das contas das candidaturas presidenciais terminou na segunda-feira e vão ser auditadas pela Entidade das Contas e Financiamentos Políticos.