O défice orçamental da administração pública atingiu 3,2% do PIB no primeiro trimestre do ano, uma redução face aos 5,5% do último trimestre do ano passado, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE). O aumento da receita fiscal a a redução das despesas com investimento são os principais contributos para o desempenho das contas públicas.
“Do lado da receita, destaca-se o aumento da receita com impostos sobre a produção e importação (9,3%), que atingiu 14,6% do PIB. Do lado da despesa são de salientar o decréscimo da despesa de capital (26,1%), decorrente sobretudo da diminuição do investimento face ao período homólogo, e da despesa com juros (11,1%)”, refere o INE.
Em reação ao INE, o Ministério das Finanças emitiu um comunicado onde “reitera a confiança no processo de consolidação orçamental, reforçada pelos números do Instituto Nacional de Estatística (INE) agora conhecidos”.
O governo tem como objetivo atingir um défice de 2,2% no conjunto do ano e a redução de 2,3 pontos percentuais no primiero trimestre “excede a melhoria de 0,9 pontos percentuais prevista para 2016”. O défice em 2015, excluindo a capitalização do BANIF, situou-se em 3,1% do PIB, frisam as Finanças, acrescentando: “Trata-se do défice orçamental do primeiro trimestre mais baixo desde 2008”.
Em termos nominais, o défice orçamental reduziu-se em 939 milhões de euros no primeiro trimestre, estando prevista uma diminuição de cerca 1 300 milhões para o total do ano. “O Ministério das Finanças reafirma o compromisso com os objetivos orçamentais estabelecidos, que permitirão a saída do Procedimento por Défice Excessivo. A continuação de uma gestão orçamental rigorosa é fundamental para ultrapassar momentos de incerteza que se vivem na União Europeia, como os que resultam da opção “Brexit” expressa pelos eleitores britânicos”.