Pedro Passos Coelho criticou este sábado a estratégia de desresponsabilização do PS no caso do Banif, para o anterior governo, e nas sanções para a União Europeia.
Falando no 42º aniversário da JSD, em Almada, o líder do PSD defendeu que, ao contrário do que se pretende fazer crer, a eventual aplicação de sanções não será da responsabilidade da direita europeia.
"A maior partes dos países europeus, hoje, tem governos socialistas. O presidente do Eurogrupo, que diz que só não haverá sanções se o governo português tomar medidas e assegurar para futuro uma trajetória diferente, é socialista. O comissário europeu que trata destes assuntos das sanções, é socialista. Esta matéria foi discutida no Eurogrupo e numa reunião com ministros das Finanças Europeus. Nenhum defendeu Portugal e estava lá uma maioria de socialistas", lembrou o ex-primeiro-ministro.
"É caso para dizer ao nosso governo: se a culpa for da Europa, acreditando nas palavras socialistas, então a culpa é dos socialistas europeus. Mas deixem-me ser preciso: a culpa nem é da Europa nem dos socialistas europeus, é de quem gosta sempre de lavar as mãos para não ter de fazer aquilo que é preciso", acrescentou.
Passos Coelho acusou ainda o executivo de António Costa de ter perdido "uma oportunidade extraordinária de ter mantido a direção de credibilidade e confiança na economia portuguesa", salientando que não acredita na correção do rumo traçado por causa do "gérmen bloquista".
"O gérmen bloquista tomou conta do PS – não sei se com Syriza ou sem Syriza, não sei em qual das fases -, mas isso preocupa-me porque a bloquização do Partido Socialista só nos pode deixar apreensivos para futuro”, afirmou o líder do PSD.